VII CONCURSO LITERÁRIO INTERNACIONAL BURITI CRONICONTOS

EM HOMENAGEM AO ESCRITOR DR. JOBAL DO AMARAL VELOSA

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ENTREVISTA COM CONDORCET ARANHA - GANHADOR DO CONCURSO LITERÁRIO NACIONAL BURITI CRONICONTOS 2010 - MODALIDADE CONTOS - JORNAL DE ARAÇATUBA/SP




01) Quem é CONDORCET ARANHA?

Condorcet Aranha: Um cidadão brasileiro aposentado que há 10 anos dedica-se à literatura.



02) Antes de começar a falar do seu trabalho, o que o sr. tem a falar da sua cidade - Joinville/SC?

Condorcet Aranha: A cidade onde moro é Joinville, em Santa Catarina, cuja população cresceu para 500.000 habitantes mas, sua origem de alemães e italianos fugidos da segunda grande Guerra e na maioria sem instrução, formaram uma sociedade muito fechada.



03) O sr. gosta mais de ler e escrever, ou de desenhar e pintar? Por quê?

Condorcet Aranha: Gosto de todas essas atividades porque quando estudei tínhamos todas na escola. Atualmente prefiro escrever.



04) Quanto ao que escreve, o sr. tem preferência por quais temas? Por quê?

Condorcet Aranha: A vida por seu mistério (dúvidas intermináveis), a sociedade por suas desigualdades (banquetes e fome) e a natureza (por me sentir parte do todo).



05) Com quem se identifica mais em suas obras? Por quê?

Condorcet Aranha: Não me identifico com ninguém, apenas escrevo meus sentimentos verdade.



06) Como foi a ideia de começar a escrever?

Condorcet Aranha: Desde criança gostava muito de fazer redações e dissertações na escola.



07) O que o motiva a escrever? Tem alguma mania ao fazer? Algum "cantinho" especial?

Condorcet Aranha: Não tenho nenhuma motivação em especial. Também não tenho manias. Em geral no meu minúsculo escritório, sou um escritor e poeta solitário.



08) Com toda certeza o sr. já ouviu críticas sobre o seu trabalho. Como as encara?

Condorcet Aranha: A bem da verdade só uma vez disseram-me que minha poesia era coisa de 100 anos atrás porque trabalhava com rimas e métrica. Achei graça e não as encaro, apenas escuto por não ser surdo. Não me rendo a crítica por ter meu propósito de vida e sendo feita por contemporâneos apenas o tempo é que poderá julgá-las.



09) Falando sobre seus trabalhos, como decide sobre os títulos?

Condorcet Aranha: Na maioria das vezes inicio pelo título e depois desenvolvo o texto sobre o tema porque gosto de desafios.



10) Como o sr. estabelece uma relação entre o título e a obra?

Condorcet Aranha: O título e a obra são consequência um do outro, por isso devem se compôr.



11) Depois que coloca o título, em algum momento já quis mudar o título da apresentação?

Condorcet Aranha: Sim, raras vezes, mas quando em textos maiores, por criar novas situações.



12) Que reação (sensação) o sr. tem ao ver a obra terminada?

Condorcet Aranha: Qualquer obra ou texto terminado me dá a sensação de possuir mais um filhote.



13) O conto "LAÉRCIO DOS SINOS" teve inspiração em quê? Ou em quem?

Condorcet Aranha: Por sinal houve um equívoco no título, o certo é “Laerson dos sinos”, e como já expliquei quase sempre crio o título e depois desenvolvo o texto.



14) O sr. ao preparar as suas obras tem em mente passar algum aprendizado?

Condorcet Aranha: Para mim qualquer texto deve passar algo do pensamento do autor e de sua experiência de vida porque só me identifico com o que entendo.



15) Como é o "retorno" por parte dos apreciadores da boa arte da escrita? Deixa-o satisfeito?

Condorcet Aranha: Sim, sempre buscam o diálogo sobre meus textos, suas passagens e seus significados.



16 - O senhor participa de algum grupo de estudo ou associação cultural?

Condorcet Aranha: Não, minhas condições físicas não me permitem e busco meu aprendizado literário em livros.



17) Aos estudantes, o que indica?

Condorcet Aranha: Apenas leitura e síntese do que leram.



18) Qual recado deixaria aos leitores do site?

Condorcet Aranha: Que jamais deixem de acreditar em suas verdades e nunca parem de ler, independente do tipo literário porque é a única forma de adquirirmos conhecimento.



19) Como se pode ter contato com o seu trabalho?.

Condorcet Aranha: Minhas obras são encontradas em:

RECATNO DAS LETRAS

MURAL DOS ESCRITORES

CONDOR LETRAS - BLOG

ESCRITA.COM

BLOCOS ON LINE

BLOGS - PARCEIROS - entre outros.




11/09/2010

Coordenação e realização: Prof. Pedro César Alves, Araçatuba/SP.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

JORNAL DE ARAÇATUBA ENTREVISTA UM DOS GANHADORES DO TROFÉU BURITI - DEUSELI CAMPOS ALVES - MODALIDADE CRÔNICAS

1) Quem é Deuseli Campos Alves?

Deuseli: Talvez, essa seja a pergunta mais difícil de responder nesta entrevista e em todas as outras, em qualquer tempo. É questionamento humano e universal. Quem somos?... Na pessoa Deuseli, posso dizer que sou mudança, fluência, movimento. Aprendo um pouco a todo momento e me acrescento no convívio com cada pessoa que passa pela minha vida, independente da duração desse contato. Agradeço às boas energias do Universo todos os dias por essa oportunidade. Como parte de um todo me encanto por ser quem ainda não é, mas quem está se tornando.



02) Antes de começar a falar de seu trabalho, o que a Srª tem a falar de sua cidade - Liberdade/MG?

Deuseli: Despida de algumas atitudes humanas feias de alguns cidadãos que não têm amor por Liberdade (MG) e que não se importam com o seu progresso, digo que minha cidade é linda! Possui uma riqueza de histórias, de personagens típicos que ficaram na memória do povo e de outros que ainda sobrevivem, de pessoas boas, do encanto abissal que Minas dá ao seu chão que faz com que sejamos mais introspectivos, reflexivos, desconfiados e ao mesmo tempo bem-humorados, com um dialeto delicioso de se ouvir! Gosto muito da Liberdade da minha infância também, quando ainda não existiam celulares, internet e o povo conversava mais pessoalmente. Nossas mães faziam quitanda todo final de semana na padaria do Sr. José Cândido, onde tinha um forno à lenha. Lá era um ponto de encontro para se colocar a conversa em dia! As roupas eram lavadas à mão (mais sofrido, claro) e colocadas para secarem no varal seguras por pregadores de madeira. Casa onde havia neném então, era uma lindeza de tanta fralda de pano secando em cordas de nylon espalhadas pelo quintal afora... Crianças brincavam de pique, peteca, passa-anel, boca de forno e às vezes ficavam de mal por todo o sempre, e voltavam a conversar minutos depois!!! Existia ingenuidade e doçura nas atitudes. A vida era mais artesanal e o sentimento mais presente. Como em minha cidade, ainda temos pessoas que conviveram muito próximas da história do início dela, esta aparenta ter menos tempo de existência que verdadeiramente tem. Só que com o advento da globalização, ela (como quase todas as outras) foi invadida por uma tecnologia que afastou um pouco as pessoas. Todos estão tensos com as horas, com as chamadas recebidas, com as chamadas discadas, o sussurro das conversas foi invadido pelo barulho infernal dos celulares. Conversamos via internet com o vizinho, que até há pouco tempo se debruçava na janela para bater papo! Não sou contra nada disso, claro, mesmo porque é inevitável, mas como poeta, lançando um olhar lírico sobre minha cidade, sinto-me um pouco saudosista. E olha que não sou tão velha assim, hein! rs! Quando nasci, o homem já havia pisado na Lua há muito tempo! rs!!!!!



03) A Srª gosta mais de ler e escrever, ou de desenhar e pintar? Por quê?

Deuseli: Gosto de ler e de escrever. Sou míope desde pequena, acho que isso me afastou de habilidades que requerem a perspicácia da visão, como a pintura ou o desenho. Não que eu não admire esse tipo de arte, pelo contrário, admiro mais ainda, mas me senti sem paciência para desenvolvê-las.



04) Quanto ao que escreve, a Srª tem preferência por quais temas? Por quê?

Deuseli: A solidão existencial. Sempre. Esse tema está impregnado em mim. Não é por um acaso que meu segundo livro tem por título "Pessoa".



05) Com quem se identifica mais em suas obras? Por quê?

Deuseli: Com Clarice Lispector nos questionamentos, Manuel Bandeira e Mário Quintana no lirismo.



06) Como foi a ideia de começar a escrever?

Deuseli: Aos seis anos eu já lia e escrevia. Poesias, inclusive. É dom.



07) O que a motiva a escrever? Tem algum cantinho especial?

Deuseli: Ler me motiva a escrever. Mas, não tenho um momento especial, um lugar especial. Os textos vêm até mim.



08) Com toda a certeza, a Srª já ouviu críticas a respeito do seu trabalho. Como as encara?

Deuseli: Com a maior naturalidade possível e com a plena consciência do respeito para comigo mesmo pelo fato de eu ser uma escritora. Meus textos são verdadeiros, limpos e minha consciência também. Se for um elogio, absorvo, se for uma crítica negativa, desprezo e pronto.



09) Falando sobre seus trabalhos, como decide sobre os títulos?

Deuseli: É inacreditável; mas, meus poemas vêm com título, começo, meio e fim. Sempre. Nunca sofri para escrever um texto.



10) A crônica "A casa da vó", 1ª colocada no I Concurso Literário Buriti Cronicontos, teve inspiração em quê? Ou em quem?

Deuseli: Na casa da minha avó materna, na vó, no vô, tios e tias, primos e primas que confeccionaram essa preciosidade em minha vida!



11) Ao confeccionar suas obras, a Srª tem em mente passar algum aprendizado?

Deuseli: Não. Mas me realizo quando vejo pessoas se identificando com os poemas, os textos, e enxergando neles, um pedaço de suas vidas também. (Quase todo mundo tem uma lembrança de casa de vó, por exemplo... A saudade é inevitável!).



12) A senhora participa de algum grupo de estudo ou associação cultural?

Deuseli: Faço parte da Fundação Cultural Del'Secchi, da Confraria da Ordem dos Poetas do Dragão Dourado (RS), ah! E agora do 'Buriti Cronicontos'!



13) Aos estudantes, o que indica?

Deuseli: Como disse Quintana: "O verdadeiro poema não é aquele que a gente lê e sim aquele que lê a gente", indico que leiam muito, muito mesmo. Sobretudo o gênero textual que tiverem preferência.



14) Qual o recado que deixa aos leitores do site?

Deuseli: Não é bem um recado, mas um agradecimento: obrigada, muito obrigada!



15) Como se pode ter contato com o seu trabalho?

Deuseli: Publiquei meu segundo livro pela Real Academia de Letras do RS, um trabalho particular, por isso, não está nas livrarias. Qualquer interesse entrem em contato comigo pelo e-mail: deuselicampos@ig.com.br - Beijo grande a todos!





Coordenação e realização: Prof. Pedro César Alves, Araçatuba/SP.

sábado, 4 de setembro de 2010

JORNAL DE ARAÇATUBA ENTREVISTA UM DOS GANHADORES DO TROFÉU BURITI - ROBERTO MÁRCIO PIMENTA


ENTREVISTADO

ROBERTO MÁRCIO PIMENTA


01) Quem é Roberto Márcio Pimenta?
Roberto M. Pimenta: Roberto Márcio Pimenta nasceu em Belo Horizonte - Minas Gerais. Sou formado e pós-graduado em Letras. Exerci a profissão lecionando em Faculdades e Cursinhos de Belo Horizonte. Sou detentor de vários títulos em concursos de contos e tenho minha obra espalhada pela Internet, revistas e jornais. Tive atuação destacada em mais de quarenta concursos e participação em vinte e oito antologias. Em Belo Horizonte trabalhei como revisor de alguns escritores e tive contato com Osvaldo França Junior, Roberto Drummond, Antônio Fonseca, Padre Teófilo e outros. Atualmente resido em Jacaraípe-ES, em frente ao mar, de onde tenho retirado minhas inspirações.

02) Antes de começar a falar do seu trabalho, o que o Sr. tem a falar da sua cidade?
Roberto M. Pimenta: Nasci em Belo Horizonte, onde em cada esquina há um pouco de cultura. Belo Horizonte destaca-se, entretanto, pelos bares, pela arquitetura e o jeito acolhedor que o mineiro tem. Atualmente, moro no Espírito Santo, em Jacaraípe - lugar maravilhoso, onde à tarde, a areia e as ondas do mar pedem um poema. Jacaraípe localiza-se no município de Serra, no Estado do Espírito Santo. Situado na costa, a aproximadamente 30km ao norte do centro de Vitória. É bastante conhecida por seus campeonatos de surf. A cidade é muito frequentada no verão por turistas do próprio estado e também alguns vindos de Minas Gerais. Parece, aqui, que há uma magia no ar que nos encanta.

03) O Sr. gosta mais de ler e escrever, ou de desenhar e pintar? Por quê?Roberto M. Pimenta: Ler é captar o que o autor escreveu. Aprisonar os pássaros do autor. É transitar do nosso mundo para o do autor. Escrever é papel inverso: a gente solta os pássaros da nossa gaiola e deixa que os leitores os capturem. Cada palavra ou frase tem que ser estudada e analisada para não errar o vôo. É bem doloroso, mas o prazer é bem maior. Já frequentei escolas de pintura e tive uma fase de artista plástico, mas, por ser alérgico, o cheiro das tintas que eu tanto amava, começou a atacar meu pulmões.

04) Quanto ao que escreve, o Sr. tem preferência por quais temas? Por quê?
Roberto M. Pimenta: Qualquer tema que leve à reflexão. Acredito em tudo porque é do humano acreditar: ainda acredito no amor, em Deus, na familia, no meu time, na vitória mesmo que tarda, no dia de amanhã que será melhor.

05) Com quem se identifica mais em suas obras? Por quê?Roberto M. Pimenta: Não existe uma pessoa específica e sim, várias. É logico que algumas obras nos remetem às reflexões como a Bíblia, o Alcorão, o Livro dos Espíritas. Também, alguns autores como Kalil Gibran, Antoine Sant-Exubery, Gabriel Garcia Marquez, Maupassant, Cortázer e os poetas como Neruda, Mário Quintana, Carlos Drummond, Vinícius e outros. Leio sempre os novos poetas, como Rita Velosa, Antonio Fonseca, Wanderlino, Lena e outros.

06) Como foi a ideia de começar a escrever?
Roberto M. Pimenta: Desde garoto me destacava pelas redações na escola. Adulto, fiz Letras e comecei a lecionar. O contato com vários escritores me fez atuar como "revisor de Português". Em Belo Horizonte, passei a corrigir também, não só os erros, mas todo o texto. Trabalhava na Petrobrás na área de RH. Em 2002 houve um concurso nacional de Literatura para os empregados e fiquei em primeiro lugar com o conto "A Santa e o Bêbado". No mesmo ano concorri em outros concursos e fiquei bem classificado. Não parei mais. Em 2004 aposentei-me. Montei uma pousada onde trabalho pela manhã e, à tarde, emprego meu tempo em Literatura.

07) O que o motiva a escrever? Tem alguma mania ao fazer? Algum "cantinho" especial?
Roberto M. Pimenta: Pessoas. Tudo o que faço é para alguém, mesmo que ela já não exista mais. Gosto de escrever ao som de música clássica, cantos de passarinho, barulho de chuva, ou do mar perto da minha casa, porém sem niguém perto. De uma certa forma gosto da solidão. Tenho na Pousada, uma biblioteca e uma cinemateca onde faço pesquisas. O lugar predileto (risos) para escrever é na varanda onde há uma rede. Creio que a preguiça é a melhor forma para o trabalho de escrever.

08) Com toda certeza o Sr. já ouviu críticas sobre o seu trabalho. Como as encara?
Roberto M. Pimenta: Há mais de trinta anos trabalho (direta ou indiretamente) com a escrita. Geralmente, o escritor é um narcisista. Adora elogios e rejeita críticas. Eu não! Prefiro as críticas. São estas que me fazem crescer. Acredito na humildade e sinceridade. Sei que todo dia temos que aprender. Gostaria de morrer como o condenado que tem hora e dia para partir, porque assim deixaria somente de aprender durante meus dez minutos finais em que me dedicaria a Deus.

09) Falando sobre seus trabalhos, como decide sobre os títulos?
Roberto M. Pimenta: O título é importantíssimo. O leitor escolhe, quando o autor não é conhecido, a obra pelo título. Escolho título e, após, faço a obra. Pode acontecer o contrário.

10) Como o Sr. estabelece uma relação entre o título e a obra?
Roberto M. Pimenta: Pelo título o leitor já imagina o que vai ler. Ele tem que estar intimamente ligado ao conteúdo, ao mesmo tempo, despertar curiosidade. Tentar empolgar. Assisti a um filme nacional por causa do título. Somente na última palavra do filme descobri a razão do título: - Amarelo Manga. Jamais usaria esta técnica, entretanto achei genial.

11) Depois que coloca o título, em algum momento já quis mudar o título da apresentação?Roberto M. Pimenta: Já fiz isto várias vezes. Exemplo: Meu conto "Gralhas nos campos de trigo" ia se chamar "Mateando solito no más". Acho que ficou bem melhor e está diretamento realacionado com a metáfora do conto que me deu o primeiro lugar no Concurso da Petros.

12) Que reação (sensação) o Sr. tem ao ver o quadro/tela terminado?Roberto M. Pimenta: Nunca sinto que terminou. Acho sempre que precisa um retoque, tal como nos poemas e nos contos.

13) O poema "FÉ", que foi classificado em 1º Lugar no Concurso Literário Nacional Buriti Cronicontos, teve inspiração em quê? Ou em quem?
Roberto M. Pimenta: Na realidade o poema "Fé" fazia parte de um conto "Receita de pão" que fiz em homenagem a uma grande escritora e poetisa: Rita Velosa. Ela ficou sabendo disto somente após o concurso. Como havia pouco espaço de linha para o conto coloquei-o para concorrer como poesia. A beleza deste poema está simplesmente na pessoa que passou a vida acreditando no amor. É telúrico, como a terra, a semente, a árvore, a vida que crê, mesmo sem saber o que é o amor, mas crê.

Poema FÉ
Assim como o fruto acredita na semente
A terra, na chuva que cai
O pão, no trigo ainda nos campos,
Acredito no amor.
Mesmo que roubem a minha semente,
Que pisem na minha colheita,
Que queimem meus campos de trigo,
Ainda assim,
Continuarei a acreditar.
Porque,
O amor é como o fruto que nada sabe da semente,
A terra que ignora se a chuva virá,
O pão que ainda espera o trigo brotar,
Apenas acreditam...

14) O Sr. ao preparar as suas obras tem em mente passar algum aprendizado?
Roberto M. Pimenta: Sim. Se vou escrever alguma coisa que não tenha este objetivo, melhor não fazê-la. Tudo o que faço tem objetivo de transmitir alguma coisa boa.

15) Como é o "retorno" por parte dos apreciadores da boa arte da escrita? Deixa-o satisfeito?
Roberto M. Pimenta: O autor, geralmente, nunca sabe, na realidade, sobre este retorno. Participo de concursos. Quando o conto é classificado eu digo: presta.

16 - O senhor participa de algum grupo de estudo ou associação cultural?
Roberto M. Pimenta: Tenho vários amigos que escrevem. Alguns já têm nome: Como João Paulo Vaz, Cleo de Oliveira, Silvio Rocha, Whisner e outros. Trocamos ideias, mas ainda não pertenço a nenhuma academia, embora já esteja disputando uma vaga.

17) Aos estudantes, o que indica?
Roberto M. Pimenta: Leia, leia e leia. No mesmo local onde ficam, na cabeça, as imagens de um filme, ficam também as que você fabrica ao ler um livro. Frequente uma biblioteca. Não se deixe influenciar pela lista de "os mais vendidos" (geralmente são os piores). Na internet tem muita coisa boa, mas há material péssimo também. Separe o joio do trigo. Leia.

18) Qual recado deixaria aos leitores do site?
Roberto M. Pimenta: Primeiro: peço desculpas por ocupar o seu tempo ao ler esta entrevista. (Que isso,mestre?!) Segundo: escreva qualquer coisa, leia, pratique esporte, faça uma declaração de amor, coma pipoca, picolé, ria de você, abrace, cante uma cantiga mesmo sem saber cantar, molhe-se na chuva, telefone para o amigo, abrace seu pai e sua mãe, fale bem do seu inimigo, corra mesmo com passos de tartaruga, dê presentes - vale a retribuição do sorriso, viva feliz porque o tempo não espera: só existe o dia de hoje. E hoje é dia.

19) Como se pode ter contato com o seu trabalho?
Roberto M. Pimenta: Meu trabalho está espalhado em jornais, revistas e antologias. Alguns artigos estão em vários sites. Estamos fazendo um blog onde serão inseridos vários artigos sobre teoria literária, contos e romances. Um pouco sobre cinema, talvez. Qualquer contato poderá ser encaminhado para meu email: ROBERTO MÁRCIO PIMENTA

03/09/2010
Coordenação e realização: Prof. Pedro César Alves, Araçatuba/SP.
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